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Brasil deve priorizar corte de tarifas no comércio exterior, diz especialista

O primeiro passo para o Brasil aumentar sua participação no comércio internacional é reformar sua estrutura tarifária às importações, disse o professor de Harvard Robert Lawrence nesta terça (25).

Na visão do especialista, essa é a primeira medida para que o país possa abrir sua economia e se integrar às cadeias produtivas globais. Outras prioridades devem ser a melhoria da infraestrutura, do ambiente regulatório e da administração das fronteiras do país.

Lawrence fez a abertura do Fórum Comércio Exterior, promovido pela Folha em parceria com a CNI (Confederação Nacional da Indústria) em São Paulo.

A estratégia brasileira, alicerçada em forte protecionismo do mercado doméstico, acabou por deixar o país de fora de uma das principais tendências do comércio global de hoje, de fragmentação da produção. Um exemplo é a fabricação de um celular, em que seus componentes são produzidos em diversos países, cada um agregando um percentual de seu valor final.

"Você pode ter uma política industrial [de incentivo], mas simplifique-a", disse o professor.

Ele também defendeu que o Brasil adote uma nova estratégia de integração regional, diante da estagnação do Mercosul. Para ele, uniões aduaneiras, como é o caso do bloco sul-americano, são de difícil operacionalização.

OMC

A OMC (Organização Mundial de Comércio), cuja força foi abalada pela falta de avanço na conclusão de novos acordos, como a rodada Doha, deve voltar a ser o centro do comércio global, afirma Lawrence.

Para isso, ele defende uma mudança na dinâmica da organização, para que países que não desejem fazer parte de um acordo negociado no âmbito da OMC possa optar por ficar de fora. Assim, o processo de integração regional que tem se dado fora da organização, como o TPP, poderiam ser feitos dentro da instituição.

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